sábado, 5 de junho de 2010

The United States as a Developing Country Studies in U.S. History in the Progressive Era and the 1920s


Istvan Jancso
Departamento de História/USP


SKLAR, Martin J. - The United States as a Developing Country Studies in U.S. History in the Progressive Era and the 1920s., N. York, Cambridge Univ. Press, 1992.

O autor, professor de História na Bucknell University, o é, também, entre outras obras, de The Corporate Reconstruction of American Capitalism, 1890-1916: The Market, The Law and Politics (Cambridge Univ. Press,1988) reúne neste volume sete textos elaborados em momentos e circunstâncias diversas. "Woodrow Wilson and the developmental imperatives of modern U.S. liberalism" (p. 102-142) foi originalmente publicado em 1960; o ensaio sobre as conseqüências culturais da desacumulação de capital (p.143-196), escrito em 1960, foi publicado em 1969 e um terceiro, sobre HenryAdams e a "Nova Esquerda" de 1960 (p. 197-208), escrito em 1966 e publicado em 1982.

Outros dos três estudos publicados pela primeira vez neste volume resultaram de manuscritos recentes: Studying American political developlement in the Progressive Era, 1890s-1916" (p. 37-77); "Dollar Diplomacy accordin to Dollar Diplomats: American development and world development" (p. 78-101) e "The corporate reconstruction of American capitalism: A note on the capitalism - socialism mix in U.S and world development" (p. 209-218). O ensaio introdutório, versando sobre os Estados Unidos considerados como um país em desenvolvimento, elaborando periodização e historiografia, foi o único escrito para a publicação do presente volume e sintetiza as reflexões do autor sobre o tema e sobre o objeto do oficio do historiador. Trata-se de urna tomada de posição. A periodização, recurso disciplinador, no entanto, alerta o autor, é pouco significativa se não se radica na matriz das relações sociais. É esse o recurso que permite escapar da aparência, em cuja superfície os fatos falam por si mesmos. "O significado do fato" diz ele, "repousa no seu contexto, e o contexto histórico é, na sua essência, estabelecido pela periodização" (p. 5).

Periodização pressupõe mudança, mas é preciso rigor para localizar as questões essenciais que permitem estabelecê-lo. A articulação de variáveis históricas e trans históricas deve ser cuidadosamente analisada, assim como é preciso compreender os limites da ação dos agentes da mudança, dos da obstrução à mudança, ou dos que, ensaiando a mudança, fracassam (p. 9). Essas reflexões sobre periodização, acrescidas do reconhecimento de que "a sociedade de mercado e tanto histórica quanto trans-histórica" (p. 20) levam-no a discutir a relação entre capitalismo e socialismo para concluir que, independentemente de "nossas preferências éticas ou predisposições ideológicas, na história do século XX capitalismo e socialismo não se excluiram no processo de desenvolvimento mas pelo contrário, precisaram um do outro, seja no âmbito dos mercados ou fora deles, seja internamente ao governo ou fora dele, seja no interior das nações e entre eles. Outras forças em ação no século XX tem sido: nacionalismo, imperialismo, anti-imperialismo, militarismo, totalitarismo, populismo, racismo e as reações a este, ciência aplicada a tecnologia e outras, mas cada uma teve que se adaptar, operar como componente modificador do capitalismo ou socialismo" (p. 35.6). Isso ocorreu em todas as sociedades industrializadas, afirma o autor, para concluir, remetendo aos estudos pontuais que formam o volume, que os EUA, apesar de sua especificidade, não se constituem em exceção.

Revista de História - USP

Nenhum comentário: